Abrati reforça alerta sobre riscos do transporte clandestino no setor rodoviário na Semana Nacional do Trânsito

Treinamento de motoristas é uma das prioridades do setor regular de transporte rodoviário para garantir viagens seguras.

Pesquisa realizada pela Abrati com suas associadas em julho deste ano, mostra que 12% do valor gasto com a folha de pagamento dos condutores é destinada à capacitação e treinamento desses profissionais.

99% dos passageiros entrevistados avaliam positivamente a segurança nas viagens ofertadas pelas empresas regulares do setor

A Semana Nacional do Trânsito, entre 19 e 25 de setembro, tem como principal objetivo conscientizar a sociedade sobre condutas para um trânsito mais seguro. No período, a Abrati – Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros, reforça a importância de ações para o combate ao transporte irregular de passageiros.

De acordo com a entidade, os perigos do transporte clandestino começam por quem dirige veículos não autorizados pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Muitas vezes o motorista não tem treinamento para dirigir ônibus ou para guiar à noite ou mesmo em grandes distâncias. “Toda essa irresponsabilidade não apenas coloca em risco a vida de milhares de passageiros em todo o Brasil, mas também ameaça a vida de outros viajantes em circulação pelas rodovias”, afirma Letícia Pineschi, porta-voz e conselheira da Abrati.

Para garantir a segurança nas estradas, os condutores do transporte regular contam com padrões de treinamentos rigorosos, testes toxicológicos contínuos e alojamentos para descanso. Segundo pesquisa realizada pela Abrati com suas associadas em julho deste ano, 12% do valor gasto com a folha de pagamento dos condutores é destinado à capacitação e treinamento desses profissionais. Como resultado, a pesquisa aponta uma avaliação positiva dos passageiros em relação a esses profissionais: 42% classificam o comportamento do motorista é ótimo, 30% muito bom e 26% bom. Além disso, a segurança nas viagens ofertadas pelas empresas regulares do setor é avaliada como ótima para 39% dos entrevistados, 27% como muito boa e 33% como boa. Ou seja, 99% estão satisfeitos com a segurança prestada nas viagens.

De acordo com a porta-voz da Abrati, os veículos clandestinos costumam oferecer aos passageiros um atrativo: o preço mais baixo em relação ao transporte regular. Mas a vantagem é só uma ilusão. A tarifa não leva em conta a ausência de descanso, a deficiência de exames toxicológicos e até mesmo a falta da carteira nacional de habilitação dos motoristas. Além de todos esses riscos, existe também o abandono dos passageiros à própria sorte, quando a fiscalização efetua interrupções de viagens clandestinas compradas por meio de aplicativos que vendem os serviços intitulados como “fretamentos colaborativos, que na realidade são empresas não autorizadas ao transporte público operando à margem da legalidade.

Por essa razão, a Abrati enfatiza novamente na Semana Nacional do Trânsito que os passageiros devem procurar por empresas regulares do setor rodoviário para fazer uma viagem com tranquilidade e segurança. “É fundamental que o usuário esteja atento para utilizar o transporte regular. Ele segue regras, as empresas são fiscalizadas e vistoriadas frequentemente, pagam tributos, cumprem as leis e normas trabalhistas, oferecem benefícios aos motoristas e ainda arcam com custos de manutenção e seguro-acidente. Uma boa viagem começa pela escolha segura, confortável e confiável de uma empresa legalizada”.

A afirmação de Pineschi pode ser comprovada pelos dados divulgados pelo Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito do Ministério da Infraestrutura. De 2021 para cá, o número de acidentes com ônibus caiu 30%. “Isso é fruto do investimento desenvolvido pelo setor regular de transporte de passageiros, do fortalecimento da fiscalização nas estradas para combater o transporte clandestino, e pela eminente edição do novo marco regulatório dos transportes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que por meio de sua minuta e das discussões estabelecidas em audiência pública, exigirá saúde financeira das empresas, programas claros em reforço da segurança nas viagens e estrutura operacional para autorizações nessa modalidade de transporte”.

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