Nesta segunda, dia 13 de fevereiro, a partir das 15 horas, os responsáveis pelo restauro estarão no Palacete, disponíveis para entrevistas.

Desde a primeira abertura do prédio para a visita ao Salão Chile, em julho passado, diversas frentes de trabalho avançaram, a exemplo da pintura e restauro das fachadas e telhado; reforma dos pisos de madeira; estruturação e estanquidade do edifício.

Chegou a hora de contar como está sendo o desafio de resgatar esse patrimônio histórico com as suas principais características, ao tempo em que o edifício é preparado para os seus novos usos.
A exposição vai mostrar os detalhes e curiosidades do restauro, e também resgatar a história do Palacete e do Centro Histórico por meio de imagens e textos.
AGENDA
Exposição Etapa I do Restauro do Palacete Tira-Chapéu
Período: 13 de fevereiro, segunda-feira, até 13 de março
Local: Salão Chile do Palacete Tira-Chapéu
Horários: Segunda a sexta: 9h às 12h 14h às 17h Sábados: 9h às 12h
Entrada franca
O Restauro
O resgate de um patrimônio artístico e cultural como o Palacete Tira-Chapéu é mais do que a recuperação da edificação em si, mas também a reconstituição de sua relevância para a sociedade.
O projeto de restauro é desenvolvido pela Elysium Sociedade Cultural, a partir do apoio do Grupo Elo, que patrocina as obras por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

O objetivo do plano de restauro é, resguardando todos os potenciais artísticos e arquitetônicos remanescentes, assegurar que o edifício se mantenha em funcionamento como oferta de arte e cultura em Salvador.
O Palacete Tira-Chapéu
O projeto do Palacete é de autoria do arquiteto italiano Rossi Baptista, e se tornou uma das mais emblemáticas obras do autor em Salvador.
Inaugurado em 1917, o edifício foi sede da Associação dos Empregados no Comércio da Bahia, fundada em 1990, e teve uso exclusivamente comercial e administrativo.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC-BA), é um dos poucos remanescentes do estilo eclético em Salvador, com adornos que podem ser identificados da arquitetura barroca ao estilo clássico.

Na composição da sua fachada, por exemplo, há colunas com fustes canelados e capitéis coríntios, atlantes e esquadrias que formam uma composição bem marcada e ordenada.
No interior do edifício, as misturas de referências são evidenciadas nos pilares, pisos, disposição e forma das escadas, e nos elementos decorativos em estuque nos forros e coroamento das paredes.
Sobre a Elysium
A ELYSIUM Sociedade Cultural, entidade sem fins lucrativos, foi fundada em 1989.
Inicialmente, dedicou-se a cultivar a cultura musical clássica, promovendo concertos, óperas, gravações e tournées de apresentações com músicos brasileiros e estrangeiros.
Neste período, forneceu ainda bolsas de estudos para aperfeiçoamento a diversos artistas brasileiros, além de cursos de história da arte.
Atualmente, dedica-se ao patrimônio material, com restauração e dinamização de edifícios e parques, em várias regiões do País.